Dakhla
Dakhla

Marrocos não é segredo para quase nenhum viajante. O país, situado no norte de África, é banhado pelas águas do Mediterrâneo, abrindo-se naturalmente para a imensidão do Atlântico. É um destino rico em contrastes, com uma história única e uma arquitetura que testemunha a antiga presença francesa. Entre as várias cidades que contemplam este país árabe, o Vou Sair já teve a oportunidade de conhecer pessoalmente Marraquexe, Chefchaouen, Al Hoceima e, agora, Dakhla.

Entre os dias 8 e 11 de janeiro, o Vou Sair, a convite do Turismo de Marrocos, foi conhecer Dakhla, um pequeno pedaço de paraíso no sul do país, perdido entre as águas do Atlântico e as areias do Saara. Apesar de não haver voos diretos a partir de Portugal, a Ryanair lançou recentemente uma ligação aérea direta entre Madrid e o Aeroporto de Dakhla.

Dakhla, além de ser a cidade ideal para fugir às grandes multidões, é o destino perfeito para viajantes que procuram todo o tipo de desportos aquáticos, como o surf, o kitesurf ou o windsurf. Aqui, 740 quilómetros de areia estendem-se de um lado ao outro da cidade, com os seus tons dourados e vistas fora do comum.

É, sem dúvida, a escolha ideal para uma paragem de dois dias numa viagem a Marrocos. Além da vertente aquática, esta cidade representa 80% da produção de ostras no país.

Uma viagem por Dakhla

Ao chegar a Dakhla, é impossível não ficar surpreendido com a modernidade da cidade. De repente, estávamos rodeados por moradias grandiosas e avenidas largas, ladeadas por areias douradas. No entanto, a cidade encontra-se em pleno crescimento, portanto, é normal encontrar algumas obras em construção, enquanto percorre a região.

Duas das coisas a não perder no deserto são sem dúvida o nascer e o pôr-do-sol. No primeiro dia, ao despertar, saímos diretamente do quarto para contemplar cada detalhe magnífico do nascer do sol. É neste momento que o grupo fica em silêncio, enquanto o sol aparece entre as dunas e o oceano. Após este momento e um buffet de pequeno-almoço delicioso, saímos do hotel diretamente para a nossa primeira paragem: a Duna Blanca.

Neste lugar, o deserto encontra o mar numa perfeita harmonia de cores, oferecendo a oportunidade de realizar passeios a cavalo, de camelo ou de quadriciclo. Para andar na região, sugerimos que o faça de jipe para ter acesso direto a qualquer parte da cidade.

No período da noite, fomos visitar o Sahraoui Village, um pequeno dromedário envolvido nas areias do deserto. Aqui, pudemos saborear um chá marroquino feito com menta. O chá é um marco da hospitalidade marroquina e é servido num copo pequeno e, por vezes, colorido. Além do chá, os marroquinos recebem qualquer visitante com música e espetáculos típicos.

IMG_2506-e1737996044511-1024x739 Dakhla, a cidade marroquina escondida entre as águas do Atlântico e as areias do Saara
Chá marroquino feito com menta no Sahraoui Village

No dia seguinte, fomos andar de barco com destino à Ilha do Dragão, uma excursão que vale a pena fazer devido à sua vista panorâmica sobre a lagoa, as praias e as dunas do deserto. Esta pequena ilha está coberta de argila branca e, segundo os habitantes, é acessível a pé, mas só quando a maré está baixa. Contudo, e para sua maior segurança, recomendamos que visite a ilha de barco.

Relativamente à gastronomia, esta surpreendeu-nos pela sua qualidade, sabor e diversidade. Em Dakhla, pudemos degustar de várias entradas, que variavam entre as clássicas saladas marroquinas e o mix de pimentos e tomates. Já como pratos principais, além dos grelhados de carne e peixe, havia os saborosos tagines, onde alimentos como peixe, frango, carne, legumes e, por vezes, nozes, ameixas e damascos são cozidos a vapor, juntamente com várias especiarias para aromatizar o sabor.

Durante a viagem, uma das coisas que nos surpreendeu pela positiva foi a “Pastilla”, uma espécie de quiche com massa folhada e carne, feita para os amantes de doce e salgado.

Durante os dias que estivemos na cidade, ficámos hospedados no Lagon Energy, um hotel de três estrelas situado entre o deserto e o oceano. Trata-se de um hotel com duas tipologias de bangalôs: o Pacha Lodge, com um quarto e terraço que pode acomodar até três pessoas; e o Young Blood, com quarto e terraço privativo que pode acomodar até duas pessoas.

Dakhla torna-se ainda mais atrativa graças aos preços relativamente baixos e às boas temperaturas. A língua oficial é árabe, mas a maioria dos habitantes também fala francês e espanhol. A moeda oficial é o dirham, sendo que dez dirhams equivalem a 1 euro.

*A jornalista viajou a convite do Turismo de Marrocos

Fotogaleria Lagon Energy:

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