Nem quinze dias passaram desde o início de 2021, e as semelhanças com o ano de 2020 são evidentes, com um novo confinamento a relembrar aquilo que vivemos em março e abril do ano passado, quando ficámos todos em casa para controlar a transmissão da pandemia. Na altura, não era evidente que a pandemia iria afetar-nos ao longo de todo ano, nas mais diferentes dimensões da nossa vida: a nível profissional com a adaptação ao teletrabalho, ou na forma como nos relacionamos com os outros, e até como viajamos e planeamos as férias. A viver com a pandemia há um ano, o que aprendemos e como vamos alterar a forma como viajamos? Enquanto confinamos podemos sonhar com a próxima viagem e, sobretudo, perceber quais as melhores práticas. Depois de consultarmos vários sites especializados, reunimos as tendências que vão marcar a forma como viajaremos em 2021.
1.Viagens de comboio
Os especialistas apontam o transporte ferroviário como uma das formas mais ecológicas de viajar. Se olharmos para a Europa, as distâncias entre a maioria dos países são relativamente pequenas, pelo que viajar de comboio entre os países é uma grande oportunidade para desfrutar das vistas e ajudar o ambiente. Embora viajar de avião possa ser mais rápido, para algumas pessoas não é tão agradável. Escolher a viagem ferroviária certa pode ser uma experiência enriquecedora, e com possibilidade de visitar vários locais e na Europa a oferta ferroviária está a crescer com uma série de novas rotas para experimentar. Aqui encontra algumas das melhores viagens de comboio para este ano.
2.Escolha de destinos sustentáveis
Esta já era uma tendência da qual se ouvia falar bem antes da pandemia. À medida que o turismo mundial cresceu nos últimos anos, cresceu também a discussão à volta da necessidade de criar estratégias que permitissem à atividade turística “conviver” pacificamente com as comunidades locais. Muitos destinos já perceberam que o caminho é adotar as melhores práticas para encontrar um equilíbrio com a atividade turística e passar essa mensagem aos turistas que recebem. A Condé Nast Traveller elegeu os 10 destinos sustentáveis para visitar em 2021, entre os quais se encontra a Costa Rica, conhecida pela sua política de conservação da natureza, mas também Portugal.
3.Tarifas flexíveis
Com as restrições de circulação e as medidas de combate à propagação da pandemia a mudarem quase diariamente, a única maneira de dar ao cliente confiança para reservar é oferecendo tarifas flexíveis, possíveis de alterar ou cancelar sem nenhum custo extra. Alguns hotéis estão a adotar uma política de flexibilização de reservas, permitindo por exemplo cancelamentos sem nenhum custo até 24 horas antes da chegada.
4.Reservas de última hora
Mesmo com tarifas flexíveis, os especialistas consideram que os turistas vão fazer, sobretudo, reservas de última hora, à medida que as restrições são levantadas. Em 2021, espontaneidade será a palavra do ano para os viajantes. Os dados de reserva da plataforma Hoteis.com confirmam isso, com quase metade das reservas em junho de 2020 (quando as regras de bloqueio foram flexibilizadas pela primeira vez para muitos) foram feitas três dias ou menos a partir do momento da pesquisa.
5.Será preciso vacina para viajar
Ainda não há uma decisão clara e oficial sobre este tema. Por enquanto, alguns países exigem aos viajantes apenas teste negativo à Covid-19 . No entanto, em relação à vacina, especula-se a criação de um passaporte de imunidade que certifique que o passageiro foi vacinado contra o coronavírus. É uma medida que a Organização Mundial da Saúde está a estudar para incentivar viagens seguras entre os países, apoiada pela indústria da aviação.
Sim, penso serem estas algumas das componentes essenciais do futuro imediato do Turismo. Junto com a tendência para a decisão de viajar em grupos pequenos ou familiares.
Sem dúvida que o turismo será diferente, numa perspectiva de maior flexibilização das marcações, assim como diminuição de grupos que serão sem margem de dúvida mais familiares ou em número restrito.