Not Museum

A exposição de arte internacional (IM)MATERIALITY em exibição no NOT A MUSEUM , em Lisboa, foi prolongada até dia 15 de agosto. Esta iniciativa conta com a presença de cerca de uma centena de obras de 48 artistas com trabalhos originais, maioritariamente inéditos, e ainda uma secção de Múltiplos. O NOT MUSEUM está aberto de quarta a sexta, das 14h às 19h. A entrada é grátis.

(IM)MATERIALITY tem a curadoria de Graça Rodrigues, Sónia Ribeiro, Katherine Sirois, Lourenço Egreja e Diogo Bento e expõe, através de três núcleos distintos, uma conjugação significativa de meios que vão da pintura ao desenho, passando pela escultura, pela fotografia e pela instalação. Nela, promove-se uma reflexão em torno dos conceitos de materialidade e imaterialidade e coloca-se em primeiro plano cerca de 90 obras de 48 artistas provenientes de uma grande variedade de origens culturais e geográficas – incluindo Portugal, Angola, Moçambique, África do Sul, RDC, São Tomé e Príncipe, Burkina Faso, Namíbia, Holanda, Alemanha e Brasil – cujas práticas ultrapassam fronteiras espaciais e técnicas.

A exposição centra-se no fascínio produzido pelos efeitos transitórios da matéria e da técnica, decorrente do atual interesse da comunidade artística pela exploração de novos materialismos, de novos meios e géneros artísticos, cada vez mais híbridos, bem como da sua dedicação crescente à recuperação e consagração de práticas ancestrais de criação artística.

Ao longo da exposição prevalece a noção da ambiguidade de género. Através dela, é-nos permitido compreender a forma como os autores avaliam a matéria e a não-matéria, a tangibilidade e a intangibilidade como um meio de comunicação, seja expandindo a media e as narrativas tradicionais, seja utilizando objetos do quotidiano como recurso para edificar novas formas.

(IM)MATERIALITY desafia o status quo e a significação da materialidade e da imaterialidade, que aqui são constantemente questionados e também continuamente redefinidos. Apresenta a obra de arte como um objeto social cuja forma material, longe de ser acessória, é ao contrário, essencial para a geração de um sentido.

A exposição tem a direção artística e produção da THIS IS NOT A WHITE CUBE, a primeira galeria africana em Portugal que, mantendo uma profunda ligação com África, não se centra exclusivamente nos círculos lusófonos, mas principalmente na estética emergente das produções artísticas culturais do Sul Global.

Através desta produção, realizada em parceria com a ART MEXTO, NOT A MUSEUM e o Carpe Diem Arte e Pesquisa, a galeria luso-angolana THIS IS NOT A WHITE CUBE apresenta um projeto que, à semelhança do sucedido em anos anteriores, pretende gerar um diálogo entre países com afinidades coloniais e históricas, refletindo sobre o conceito de descolonialidade e procurando promover uma reflexão sobre a forma como a arte contemporânea africana se tem vindo a afirmar à escala global.

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