Tendo sido uma das únicas opções de transporte nos séculos passados, muitas linhas de caminhos-de-ferro apresentam estações que já foram símbolos de poder e riqueza. Hoje, as estações ferroviárias refletem o espírito das cidades, seja pelo restauro dos seus traços, pela modernidade da sua arquitetura ou pela sua multifuncionalidade. A civitatis, empresa de visitas guiadas, excursões e tours, elaborou uma lista com as 10 estações de comboio mais bonitas do mundo.
World Trade Center Transportation Hub – Nova Iorque, EUA
Uma obra do famoso arquiteto Santiago Calatrava, a estação nova-iorquina foi concluída em março de 2016 e o destaque do projeto é a estrutura elíptica de aço e vidro de quase 75 mil metros quadrados conhecida como Oculus. As costelas de aço estrutural estendem-se para cima, como asas abertas. Mais do que uma obra de arte arquitetónica, a estação tem um papel imprescindível para os moradores da cidade, já que interliga não só comboios mas também 11 linhas de metro, um terminal de ferry e edifícios. O World Trade Center Transportation Hub tem também um centro comercial, inaugurado em agosto do mesmo ano.
Estação da Luz – São Paulo, Brasil
Localizada na região central da cidade de São Paulo, a estação da Luz foi aberta em março de 1901 e é até hoje um dos edifícios mais bonitos e famosos da cidade. Inspirada no Big Ben e na abadia de Westminster, ocupa uma área de mais de 7 mil metros quadrados no bairro do Bom Retiro. A sua construção foi trabalhosa, já que o edifício foi feito em Glasgow, na Escócia, desmontado e enviado de barco ao Brasil para então ser montado novamente. Hoje, é uma paragem obrigatória para os residentes locais e os turistas que visitam a cidade.
St. Pancras – Londres, Inglaterra
Inaugurada em 1868, a famosa estação de St. Pancras só foi finalizada em 2007. Os mais de 9400 m² de vidros foram restaurados e os tijolos da estação de estilo neo-gótico foram limpos. Bela tanto por dentro como por fora, a estação consiste em um vão com 70 metros de largura e 30 metros de altura. Conta ainda com uma estátua em homenagem ao poeta John Betjeman Arms, outra em bronze, de 9 metros, feita pelo famoso escultor Paul Day, o relógio central (restaurado pelos fabricantes originais) e o conjunto de Anéis Olímpicos de 2012. A sua fachada fez parte do cenário dos emblemáticos filmes da saga Harry Potter.
Flinders Street Station – Melbourne, Austrália
É a estação de comboio mais antiga da Austrália, a famosa Flinders Street Station, inaugurada em 1910. É lá também que fica a mais longa plataforma do país, com 700 metros de comprimento oriunda do terminal anterior do mesmo local, a Melbourne Terminus. Conhecida pela sua bela arquitetura, pela pintura amarela e os seus relógios icónicos, recebe cerca de 250 mil pessoas por dia..
Kanazawa Station – Ishikawa, Japão
Construída em 1898, a estação foi restaurada em 2005 e ganhou uma cobertura de vidro e aço ultra-moderna. A arquitetura mistura harmoniosamente o estilo moderno e a tradição local. O portão gigante de madeira tem como referência um torii tradicional, portão sagrado que geralmente fica na entrada dos santuários japoneses. Aqui, o significado pode ser múltiplo: desde a compreensão do estatuto de cidade sagrada para quem chega, até à interpretação de que a viagem em si, ao ser feita, é algo sagrado.
Atocha – Madrid, Espanha
Embora exista desde 1851, aquela que é uma das maiores estações de comboios de Espanha, ganhou em 1992 um centro comercial e um jardim interno, servindo, portanto, também como estufa para plantas. A sua fachada é um modelo da arquitetura ferroviária do século XIX e a sua construção teve a participação de Alberto Palacio, que colaborou na construção da Torre Eiffel. O ferro utilizado na cobertura foi trazido da Bélgica, enquanto os tijolos vieram de diferentes partes de Espanha.
Estação de Liège-Guillemins – Liège, Bélgica
A estrutura desenhada por Calatrava é gigante e pode ser vista de longe devido à sua localização. Concluída em 2009, a estação de Liège-Guillemins substituiu a estrutura de 1958 que estava no local, oferecendo uma vista muito moderna e ampliada do local. Sem uma fachada definida, o novo edifício serve para ligar dois bairros que antes ficavam divididos pela linha do comboio.
Grand Central Terminal – Nova Iorque, EUA
Provavelmente uma das estação mais conhecidas por ser constantemente cenário de filmes e séries da televisão, foi originalmente construída em 1871. Em 1903 foi demolida e apenas concluída dez anos mais tarde. Hoje é um dos pontos turístico de Nova Iorque.
São mais de 750 mil pessoas as que transitam entre os seus 49 hectares, 44 plataformas e 67 linhas de comboio em dois níveis diferentes todos os dias. É a maior estação de comboio em número de plataformas. Com escadas de mármore, a sua famosa pintura no teto e o relógio Tiffany na fachada, é uma paragem obrigatória para visitar e também para comer numa das mais de 30 opções de restaurantes.
Chhatrapati Shivaji Terminus – Mumbai, Índia
Finalizada em 1888, a estação é fruto da mescla entre o estilo vitoriano e as tradições indianas pensada pelo arquiteto inglês F.W. Stevens. A construção da de Victoria Terminus Station, em homenagem à rainha Victoria, contou com a colaboração de artesãos locais. A estação demorou dez anos para ser construída e hoje recebe cerca de 3 milhões de passageiros diariamente.
Estação do Rossio – Lisboa, Portugal
Na capital portuguesa, a estação chama a atenção pela sua abundância arquitetónica e localização geográfica. Originalmente conhecida como Estação Central de Lisboa, a linha que faz interface com a linha de Sintra é uma das principais da cidade. Teve a sua construção finalizada em 1890 pelo arquiteto José Luís Monteiro. O edifício exterior é inspirado no estilo Manuelino, desenhado pelo arquiteto.
E sao bento?