Museu do Tesouro Real, Foto: Tiqets

O Museu do Tesouro Real, em Lisboa, irá enriquecer as experiências dos visitantes, “em especial daqueles que têm deficiência visual”. A partir do dia 7 de setembro, seis réplicas das peças mais emblemáticas do Tesouro Real poderão ser tocadas pelos visitantes.

Segundo os responsáveis, “com esta iniciativa, o Museu do Tesouro Real quer que todos possam sentir a história e a majestosidade de peças icónicas, tocando-as e explorando-as com as mãos”.

São seis as réplicas que estão agora ao alcance de todos, nomeadamente a Pepita de Ouro Nativo – “Torrão”; a Coroa Real; a Concha Batismal; a Bandeja que pertenceu à coleção particular de D. Luís I; a Medalha Comemorativa do 20º Ano do Pontificado de Papa Clemente XI; e o Prato Coberto “Dos Lados” ou “De Relevé”, onde eram servidas sopas e entradas no séc. XVIII.

O museu estará encerrado no dia 6 de setembro para que as peças possam ser colocadas na exposição permanente, de acordo com todas as medidas de segurança necessárias.

As seis réplicas que podem ser tocadas no Museu do Tesouro Real são:

Pepita de ouro nativo – “Torrão”

image-42 Museu do Tesouro Real permite aos visitantes tocarem nas peças (mas só em algumas)

 

Conta-se que, na segunda metade do seculo XVIII, em Goiás, no Arraial de Água Quente foi achada uma grande pepita com semelhante peso e que, dada a sua raridade, foi enviada para a Ajuda, em Lisboa. Também conhecida como “torrão”, porventura devido à sua cor e textura, esta pepita, que escapou as invasões napoleónicas, foi, pela sua raridade e por iniciativa de D. Luís I, exibida em 1876 num baile no Paço da Ajuda.

Coroa Real

image-43 Museu do Tesouro Real permite aos visitantes tocarem nas peças (mas só em algumas)

A última e única coroa real que chegou até aos dias de hoje, executada em ouro maciço, pesa quase 2,5 kg. Realizada para a Aclamação do rei D. João VI no Rio de Janeiro, em 1818, esta foi a última cerimónia em que a coroa foi usada. Desde 1646, que a coroa real foi oferecida simbolicamente a Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, pela proteção concedida na Restauração da Independência de Portugal face a Espanha.

Concha Batismal

image-1-1 Museu do Tesouro Real permite aos visitantes tocarem nas peças (mas só em algumas)

Nos Batismos reais, as insígnias cerimoniais eram apresentadas e conduzidas em cortejo solene: num prato dourado, a Coroa Imperial em maçapão e, em duas grandes bandejas douradas, a “Veste Cândida” e o Círio com os quatro “Portugueses” de ouro. Na capela-mor, a prata da Coroa adornava a grande credência onde se encontravam a Bacia Batismal e a Concha. Aí eram colocadas as insígnias trazidas em cortejo.

Bandeja

image-2-1 Museu do Tesouro Real permite aos visitantes tocarem nas peças (mas só em algumas)

Pertenceu à coleção particular de D. Luís I, que vai seguir a herança do seu pai, D. Fernando II, na paixão pelas artes e pelo colecionismo. Ambos formaram importantes coleções onde estava patente o interesse pela ourivesaria. A bandeja, em prata cinzelada e dourada, ao centro carrega a alegoria do continente europeu. A deusa Europa é personificada por uma figura feminina apresentada como a rainha do Mundo, ostentando na sua cabeça uma coroa antiga aberta. Na sua mão tem um templo de planta circular, aludindo à Europa como berço da cristandade.

Medalha comemorativa do 20º ano do Pontificado de Papa Clemente XI

image-2-2 Museu do Tesouro Real permite aos visitantes tocarem nas peças (mas só em algumas)

A medalha comemorativa do 20º ano do Pontificado de Papa Clemente XI representa uma de muitas ofertas diplomáticas presentes no acervo do Museu do Tesouro Real. A diplomacia teve ao longo dos tempos um papel determinante nas relações entre Estados, bem como entre Entidades. A medalha e as moedas aqui presentes são testemunhos das relações diplomáticas entre Portugal e o Papa Clemente XI.

Prato coberto «dos lados» ou «de relevé»

image-2-3 Museu do Tesouro Real permite aos visitantes tocarem nas peças (mas só em algumas)

Testemunho único dos mais sumptuosos serviços de mesa de representação do século XVIII. A baixela encomendada pelo rei D. José I ao ourives François-Thomas Germain, em junho de 1756, no rescaldo do terramoto, conserva-se quase na integra em património nacional. Concebida para servir “à francesa”, como era uso nas cortes europeias de então, deveria compor sobre o “palco” da mesa os sucessivos conjuntos de magníficas obras de ourivesaria nas quais eram apresentadas as múltiplas iguarias: as Cobertas. O prato coberto «dos lados» ou «de relevé» compõe a Primeira Coberta, “do Cozido”, onde eram servidas “Sopas” e as Entradas.

Artigo anteriorTAP lança “mega campanha” com voos a partir de 49€ até 19 de setembro
Próximo artigoDiga adeus às férias de verão. Sugerimos o Hotel Lago Montargil & Villas para uma escapadinha no outono

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor coloque aqui o seu comentário
Por favor coloque o seu nome aqui