No topo do novo ME Lisbon Hotel, o Attiko abriu oficialmente as portas e trouxe consigo um pedaço do Oriente – e do glamour de destinos como Dubai e Bodrum – para o centro de Lisboa.
O restaurante ocupa o 12.º piso do hotel e é impossível não reparar na vista panorâmica que domina o espaço: uma varanda generosa com Lisboa a perder de vista e um interior que mistura sofisticação e intimidade. A atmosfera é decididamente noturna, pensada para jantares longos, copos prolongados e uma energia que cresce à medida que a noite avança.
O Attiko é o que o diretor-geral Vasco Alves descreve como um high energy restaurant: um conceito que funde jantar, música e entretenimento num ambiente elegante, mas descontraído. “Queremos que o jantar evolua naturalmente para um ambiente de festa”, explica. Por agora, há DJ sets de quintas a sábados, mas em breve haverá música quase todas as noites, com performances de percussão, guitarra e outras atuações ao vivo.
À mesa com o Japão (e com Lisboa de fundo)



No interior, dominam os tons escuros, a luz baixa e uma open kitchen que deixa ver o trabalho minucioso da equipa. Sentámo-nos ao balcão, onde o chef executivo Miguel Relova e o sushiman Adriano Pinto preparavam e explicavam cada prato. Foi aqui que começou a nossa experiência. O edamame quente com sal e lima (7,5€) abriu o apetite com um toque cítrico e delicado, seguido do crudo de salmão com ponzu de laranja, trufa, ovas e toranja (11,5€), leve, fresco e equilibrado.
Entre as entradas quentes, o slider de wagyu com aioli de trufa (14,5€) é um dos pratos mais viciantes da carta: o pão brioche adocicado contrasta com a carne suculenta e o aroma profundo da trufa, num conjunto que se desfaz na boca. A gyoza de cogumelos (11€) chega dourada e crocante, com um sabor intenso a cogumelos.



Nos principais, a merluza negra com miso branco, beterraba e couve-flor (45€) mostra técnica e precisão: o peixe do Alasca é untuoso, o molho de miso realça-lhe a gordura natural e os acompanhamentos trazem cor e leveza. Já as costeletas de borrego grelhadas com chili, alho e sementes de sésamo (35€) são um dos grandes pratos da noite: carne macia, a desprender-se do osso, num tempero picante com um toque subtilmente doce.
No sushi bar, o Nigiri Moriawase (35€) propõe sete peças de pura técnica e frescura, entre elas o esturjão fumado, o o-toro (barriga de atum) e o ebi (camarão azul). O maki de couve-flor (17€) é uma opção vegetariana interessantes: uma combinação de abacate e pepino coberta por couve-flor crocante – um prato simples, mas viciante.



Para terminar, as sobremesas estão à altura do resto da experiência. O Dark Chocolate (14€) – servido em cinco texturas e acompanhado por sorbet de framboesa e champanhe – é uma homenagem ao cacau, uma sobremesa intensa e pouco doce. Já os mochis artesanais (8,5€, dois sabores à escolha) são mais leves, com destaque para os de yuzu, manga e pistácio, todos com sabor autêntico a fruta.
A carta de cocktails de autor (entre 18€ e 22€) complementa a experiência com combinações originais, como o Kousou, com Perro de San Juan Espadín, estragão e gengibre.
Localizado na Avenida António Augusto de Aguiar, no topo do novo hotel ME Lisboa, o restaurante está aberto todos os dias entre as 18h30 e a 1h00 (até às 2h00 às sextas e sábados) e funciona atualmente apenas ao jantar, mas prepara já a introdução do serviço de almoço.
Para quem aprecia cozinha japonesa moderna e uma boa vista sobre Lisboa, o Attiko chega como uma adição sólida ao panorama gastronómico da capital.


































