Sofia Roldão de Barros, responsável por todos os projetos de arte ambiental da Xpose Consulting, uma consultora que apoia projetos de turismo, apresenta o projeto “Sonhador” / “Daydreamer”, uma instalação artística em exposição na Quinta do Pisão, localizada a norte de Cascais, na base da Serra de Sintra.
Diretora artística e de projetos, Sofia trabalha com arte, educação e o ambiente. Para este projeto, teve uma visão baseada na sua observação de que a tecnologia, embora tenha um papel importante nas nossas vidas, estava a desconectar-nos – crianças, pais e famílias – da natureza.
Sofia partilhou esta sua visão com a Cascais Ambiente e propôs este projeto de natureza e biodiversidade na Quinta do Pisão. Convidou o conceituado artista ambiental Will Beckers, que se especializa em criar instalações naturais específicas para cada local que exploram a relação entre as pessoas e o mundo natural.
“Queria criar uma instalação na natureza que gerasse curiosidade, envolvesse o público e criasse um momento para os indivíduos, adultos e crianças simplesmente serem. Para estarem em silêncio a conectarem-se com a natureza e uns com os outros”, confessa Sofia Barros.
As suas intervenções artísticas podem ser encontradas em espaços públicos pelo mundo fora, convidando o público a interagir com as suas instalações, envolvendo os visitantes e inspirando uma reação.
Neste caso específico, o importante foi criar este diálogo e uma conexão mais profunda com a natureza entre o visitante e o ambiente que o rodeia. Seguindo a visão de Sofia Barros, Will Beckers criou “Sonhador”, com o objetivo de convidar os visitantes para dentro da instalação natural e sentir a harmonia com a natureza à sua volta. Para desfrutar do silêncio, os sons e aromas da natureza e apenas ‘ser’.
“Este trabalho permite-nos observar o céu e a formação das nuvens, os aromas lembram-nos memórias de criança e permitem-nos sonhar”, afirma Will Beckers.
Para chegar à instalação, é necessário seguir um caminho, especialmente construído para ser utilizado por deficientes visuais, ao longo do qual os visitantes podem descobrir explicações em braille que ajudam a descrever a paisagem. A utilização de materiais e texturas naturais faz com que a instalação possa ser aproveitada por todos.
