Foram mandados construir por reis, condes, governadores e figuras ilustres da sociedade. Passaram por diversos proprietários, da aristocracia à burguesia, até se transformarem em hotéis. Viaje connosco por estes 10 palácios em Portugal onde pode dormir como um rei e uma rainha.
Vidago Palace Hotel
Na vila termal de Vidago há um edifício que salta à vista. Entre as árvores frondosas do Parque Natural surge o majestoso Vidago Palace Hotel, projetado pelo Rei D. Carlos I para ser uma estância terapêutica de luxo com projeção internacional. O Vidago Palace Hotel foi inaugurado a 6 de outubro de 1910, ano em que foi instaurada a Primeira República Portuguesa. Viveu anos de ouro nas décadas de 50 e 60, como palco de várias festas, mas foi já no século XX que o hotel sofreu uma profunda remodelação que permitiu a sua reabertura em 2010 com o todo o esplendor, requinte, serviço e hospitalidade do passado. O hotel relembra a arte de viver das grandes casas aristocráticas da Belle Époque, mas com todas as comodidades do luxo moderno, dispondo de vários bares, restaurantes e infraestruturas com destaque para o spa com tratamentos termais.
Torel Palace Porto
Aberto em 2020 no coração do Porto, o Torel Palace Porto resulta da transformação de um palacete em hotel de 5 estrelas com 24 quartos e suites, um restaurante, um spa e uma piscina. O Torel Palace Porto foi cuidadosamente reformado para preservar ao máximo as caraterísticas da casa histórica original, o Palacete Campos Navarro, datado de 1861. O Palácio – típico da burguesia da época – é um dos mais impressionantes e ilustres exemplares do período da arquitetura romântica portuense. A clarabóia incrivelmente detalhada é o destaque arquitetónico deste edifício.
Pestana Palácio do Freixo
Junto ao Rio Douro e a menos de 5 quilómetros do centro do Porto, encontramos o Pestana Palácio do Freixo, classificado como Monumento Nacional em 1910. Esta obra do séc. XVIII é um exemplar da arquitetura barroca projetada por Nicolau Nasoni, um dos mais significativos arquitetos da cidade do Porto. Decorado com soberbos azulejos e frescos, este opulento palácio barroco foi restaurado e aberto ao público como hotel em 2009.
Parador Casa da Ínsua
Localizado em Penalva do Castelo, a cerca de 30 quilómetros da cidade de Viseu, o Parador Casa da Ínsua encontra-se inserido na Quinta da Ínsua, que integra a rota dos Vinhos do Dão. Mas o que nos leva esta quinta é o edifício do hotel, um palacete barroco do séc. XVIII, com recantos que nos transportam para a história dos seus proprietários e para momentos da história de Portugal e do Brasil. A Casa da Ínsua foi construída no século XVIII por Luís de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres, Governador e Capitão-General de Cuibá e Mato Grosso, no Brasil. É ainda possível encontrar vestígios da estadia de Luís Albuquerque no Brasil através de vários objetos, na sua maioria utensílios de caça e pesca artesanal dos índios brasileiros e armas indígenas primitivas, bem como alguns dispositivos de guerra do exército castelhano.
Palace Hotel do Bussaco
À semelhança do Vidago Palace, o Palace Hotel do Bussaco foi mandado construir pelo rei D. Carlos I, mas neste caso com a finalidade de ser pavilhão real de caça. O edifício do atual hotel, em estilo neomanuelino, está decorado com painéis de azulejos, frescos e quadros alusivos à Epopeia dos Descobrimentos portugueses, todos eles assinados por alguns dos grandes mestres das artes. Devido não só à sua arquitetura, mas também por todo o ambiente que o rodeia – por estar em plena mata Nacional do Bussaco – este verdadeiro palácio real é considerado, desde 1917, como um dos mais belos, românticos e históricos hotéis do mundo.
Hotel Palácio Estoril
O empresário Fausto de Figueiredo inspirou-se na estância turística francesa de Biarritz para fundar em 1930 o Hotel Palácio Estoril. Ao longo de várias décadas, o hotel de 5 estrelas tornou-se uma referência na hotelaria de luxo no Estoril, recebendo a realeza europeia, chefes de Estado, embaixadores e até espiões. A tal ponto, que inspirou romancistas e produtores de filmes. Um dos mais importantes foi o filme de James Bond 007 – Ao Serviço de Sua Majestade.
Tivoli Palácio de Seteais
Na romântica e cénica vila de Sintra encontramos o não menos romântico hotel Tivoli Palácio de Seteais que ocupa um edifício do século XVIII. No interior, encontramos quartos e salões palacianos decorados com mobiliário de época, tapeçarias e frescos de grande beleza, dignos de um rei ou rainha. O exterior não é menos sumptuoso, com os seus frondosos jardins bem cuidados.
Olissippo Lapa Palace
No bairro da Lapa, em Lisboa, não faltam casas apalaçadas que foram moradia da aristocracia logo após o terramoto de 1755. É o caso do edifício que alberga o hotel Olissippo Lapa Palace, transformado em palácio pelo Conde de Valenças no século XIX. Recorrendo aos melhores artistas da época, construiu uma torre para que pudesse apreciar a vista de Lisboa e do Rio Tejo. Em 1992, este palácio abriu como hotel, mas preservou sempre o seu carácter palaciano bem evidente na decoração de interiores com destaque para o mobiliário, vitrais e peças decorativas. De destacar ainda o majestoso e centenário jardim subtropical.
Palacete Chafariz D’El Rei
Quem atravessa a zona ribeirinha de Lisboa, junto ao Campo das Cebolas, não fica indiferente à arquitetura deste palacete. Talvez poucos saibam que é uma unidade hoteleira. Construído no século XVII, o Palacete Chafariz d’El Rei pertenceu aos condes de Vila Verde e Marqueses de Angeja. Apesar de ter sido alvo de diversas remodelações ao longo do tempo, foi em 1907 que adquiriu o estilo invulgar, eclético e revivalista que se mantém até hoje e, por isso, é um edifício emblemático de Lisboa, classificado como Monumento de Interesse Municipal. Esta unidade é tão exclusiva que alberga apenas seis suites que oferecem vistas para o Rio Tejo ou para as ruas de Alfama.
The One Palácio da Anunciada
Aberto em 2019, o 5 estrelas The One Palácio da Anunciada está situado na Rua das Portas de Santo Antão, paralela à Av. da Liberdade, em Lisboa. O edifício do Palácio da Anunciada data de 1533 e conserva toda a imponência do século XVI. O nome provém do seu fundador, Fernão Alves de Andrade, benfeitor do Mosteiro de Nossa Senhora da Anunciada. O palácio foi moradia de duques e condes e, por isso, emprestam o nome ao restaurante do hotel, o Condes de Ericeira, situado num dos salões nobres do palácio e com acesso direto aos jardins.